A pergunta “qual o preço médio de uma prótese dentária fixa em Belo Horizonte?” é tão comum nos consultórios quanto complexa de se responder com um número único. A verdade é que não existe um “preço médio” que se aplique a todos. O valor de uma prótese fixa, que substitui um ou mais dentes perdidos de forma permanente, é um espectro que varia drasticamente conforme o material utilizado, a complexidade do caso e a quantidade de dentes envolvidos.

Tentar estabelecer uma média seria como calcular o preço médio de um imóvel na cidade sem especificar o bairro ou o número de quartos. Para entender o custo, é preciso primeiro entender o que, exatamente, está sendo orçado. Uma prótese fixa não é um produto singular, mas uma categoria de soluções de reabilitação oral.

Tipos de Prótese Fixa e o Impacto no Custo

A natureza da prótese é o principal fator que define o ponto de partida do orçamento. Existem, basicamente, três cenários para uma prótese fixa.

Coroa Unitária

Este é o caso mais simples: uma coroa que “veste” um único dente que foi destruído por uma cárie ou fratura, ou que passou por um tratamento de canal. O preço varia conforme o material da coroa (ver abaixo).

Ponte Fixa (Prótese Parcial Fixa)

Quando há a perda de um ou mais dentes, uma ponte fixa pode ser a solução. Ela se apoia nos dentes vizinhos ao espaço vazio, que são desgastados para servirem de pilares. O preço aqui é multiplicado, pois o paciente paga por, no mínimo, três “dentes” protéticos: os dois pilares e o dente suspenso (pôntico) que preenche o espaço.

Prótese sobre Implante

Esta é a opção mais moderna, onde a prótese (seja uma coroa unitária ou uma ponte) é parafusada sobre implantes de titânio previamente instalados no osso. O custo aqui soma o valor da cirurgia do implante ao valor da prótese em si, representando o maior investimento inicial, mas também a solução mais conservadora e duradoura.

A Escolha do Material: O Coração do Orçamento

O material com que a prótese é confeccionada é o segundo grande definidor de preços no mercado de BH.

Metalocerâmica vs. “Metal-Free”

A prótese metalocerâmica, com uma estrutura interna de metal coberta por porcelana, é a opção mais tradicional e de custo mais controlado. As próteses “metal-free”, feitas de materiais como a zircônia ou o dissilicato de lítio (e.max), são a vanguarda da odontologia. Elas oferecem uma estética superior, com translucidez e naturalidade inigualáveis, e são totalmente biocompatíveis. Essa excelência, no entanto, reflete-se em um custo mais elevado, justificado pela tecnologia de fabricação (CAD/CAM) e pelo valor intrínseco dos materiais. O preço médio, portanto, é uma miragem. O custo real é uma equação detalhada, e o paciente deve exigir um orçamento que especifique claramente o tipo de prótese e o material proposto.