Cuidados especiais com suas gengivas em caso de diabetes

As doenças periodontais (gengivas) são condições inflamatórias que antes se pensava que afetavam apenas a boca. Evidências emergentes mudaram essa visão e agora sugerem que as doenças periodontais podem desempenhar um papel em várias condições que afetam a saúde e o bem-estar sistêmicos (gerais), incluindo o diabetes.

Esta revisão examina as relações que existem entre doenças periodontais e diabetes, as vias comuns em potencial e os mecanismos que causam doenças, incluindo aqueles associados à inflamação, respostas imunológicas alteradas (resistência) e resistência à insulina.

A inflamação periodontal está associada a um estado inflamatório sistêmico elevado (corpo geral) e um risco aumentado de eventos cardiovasculares (cardio-cardíacos, vasos sanguíneos), como ataque cardíaco e derrame, resultados adversos da gravidez, como baixo peso ao nascer e nascimentos prematuros e controle de açúcar no sangue alterado em pessoas com diabetes. A pesquisa mostra que a terapia periodontal que reduz a inflamação pode ter um impacto significativo no estado inflamatório sistêmico (corpo geral). As evidências também revelam que a terapia periodontal está associada a um melhor controle do açúcar no sangue em muitos pacientes com diabetes e doenças periodontais.

Duas doenças com um inimigo comum – você

Tanto o diabetes quanto a doença periodontal são doenças inflamatórias crônicas que têm um grande impacto na saúde de milhões de pessoas em todo o mundo. Evidências revelam consistentemente que o diabetes é um fator de risco para o aumento da gravidade da doença periodontal e, inversamente, a periodontite é um fator de risco para piorar o controle da glicose no sangue em pacientes com diabetes e também pode aumentar o risco de complicações diabéticas.

Diabetes – mais do que uma colher cheia de açúcar

O termo diabetes geralmente se refere a diabetes mellitus e deriva do grego antigo que significa “passar pela urina”. Isso resulta em níveis anormalmente elevados de glicose no sangue devido a uma combinação de causas hereditárias e ambientais. A glicose, o “açúcar” que é a principal fonte de energia do corpo, é controlada em parte pelo hormônio insulina, produzido por um órgão chamado pâncreas. O diabetes se desenvolve devido a uma produção diminuída de insulina como no diabetes tipo 1 e / ou resistência aos seus efeitos como no diabetes tipo 2 e diabetes gestacional / gravidez. Todos podem levar à hiperglicemia (hiperexcessivo, glicose, níveis sangüíneos de emia) responsável pelos sinais agudos de diabetes: produção excessiva de urina, sede resultante e aumento da ingestão de líquidos, visão turva, perda de peso inexplicada, letargia e alterações no metabolismo de energia.

As taxas de diabetes e obesidade na América do Norte têm aumentado substancialmente nos últimos 20 anos. Existem mais de 23 milhões de pessoas com diabetes apenas nos Estados Unidos e mais de 170 milhões em todo o mundo. De acordo com a American Diabetes Association, existem cerca de 6 milhões de pessoas não diagnosticadas e cerca de 41 milhões de pessoas que têm uma condição chamada pré-diabetes, muitas das quais progredirão para ter diabetes tipo 2 no futuro. Cerca de 5% -10% dos casos de diabetes são do tipo 1, o restante é do tipo 2. A prevalência de diabetes mellitus aumenta com a idade, e aproximadamente 23,1% (12,2 milhões) dos americanos com 60 anos ou mais têm diabetes.

O diabetes pode ter muitas consequências graves. Podem ocorrer complicações agudas (súbitas) se a doença não for adequadamente controlada, resultando em coma e morte. As complicações graves a longo prazo são geralmente atribuíveis a danos micro-vasculares (micro-muito pequenos, vasos sanguíneos vasculares) e outras consequências dos níveis elevados de glicose no sangue na função normal do corpo, incluindo uma resposta alterada à inflamação e cicatrização de feridas – as respostas primárias do corpo a infecção e trauma.

Outras complicações mais crônicas incluem doenças cardiovasculares – ataque cardíaco e derrame (risco dobrado), insuficiência renal crônica (rim), danos à retina (olhos) (levando à cegueira) e danos aos nervos. A má cicatrização de feridas, principalmente nos pés, pode levar à gangrena e, possivelmente, à amputação.

O tratamento adequado do diabetes, bem como o aumento da ênfase no controle da pressão arterial e fatores de estilo de vida, como parar de fumar, manter um peso corporal saudável e praticar exercícios, ajudam a reduzir o risco da maioria das complicações crônicas.

Todas as formas de diabetes podem ser tratadas desde que a insulina se tornou clinicamente disponível em 1921, mas ainda não há cura. Pessoas com diabetes tipo 1 precisam de insulina para sobreviver, enquanto o diabetes tipo 2 é controlado com uma combinação de exercícios, tratamento dietético, medicamentos e, frequentemente, suplementos de insulina.

Cuidando do diabetes tipo 1 e tipo 2