Na minha imersão no universo da harmonização facial, a bichectomia foi o procedimento que mais me gerou um sinal de alerta. A promessa de um rosto mais fino e definido, através da remoção da Bola de Bichat (uma estrutura de gordura das bochechas), é popular. E eu, com meu rosto mais redondo, confesso que a ideia me pareceu tentadora por um instante. Decidi, então, aplicar meu rigor de advogado e fazer uma profunda análise de risco sobre a bichectomia em BH.

Minha pesquisa me mostrou que, diferente do botox ou do preenchimento, a bichectomia é um procedimento cirúrgico, pequeno, mas ainda assim uma cirurgia. E, o mais importante: é irreversível. A gordura, uma vez removida, não volta. Isso, para mim, foi o ponto crucial. Como será o meu rosto daqui a 20 ou 30 anos, quando o envelhecimento natural já causa a perda de gordura facial? A remoção dessa estrutura hoje não poderia acelerar uma aparência de envelhecimento no futuro?

A Consulta Investigativa com o Cirurgião

Levei essas questões para uma consulta com um cirurgião-dentista especialista em bichectomia em BH. Fiz perguntas diretas sobre os riscos a longo prazo, sobre a possibilidade de flacidez futura, sobre os critérios de indicação. O profissional foi honesto e explicou que o procedimento tem, sim, suas indicações precisas, como para pacientes que mordem muito a bochecha, mas que a indicação puramente estética deve ser muito bem avaliada.

Ele analisou meu rosto e foi sincero: “No seu caso, eu não indicaria. Você tem uma boa estrutura facial. A remoção da gordura poderia te dar um aspecto mais encovado com o tempo”. A luz fria do consultório pareceu iluminar a sensatez daquela avaliação.

A Escolha Consciente pelo “Menos é Mais”

Saí daquela consulta com uma decisão firme: a bichectomia não era para mim. E com uma grande lição. Na busca pela melhora estética, o mais importante é o bom senso e a visão de longo prazo. A pesquisa sobre a bichectomia em BH me ensinou a importância de questionar os modismos e a valorizar os procedimentos que são reversíveis e que respeitam o processo natural de envelhecimento. Foi uma vitória da minha cautela de advogado sobre um impulso de vaidade. E uma reafirmação de que, muitas vezes, a decisão mais inteligente é a de não fazer nada.