Meu primeiro tratamento ortodôntico, na adolescência, foi um sucesso. Meus dentes ficaram alinhados. Mas a história não terminou aí. O ortodontista me entregou uma contenção móvel, que eu deveria usar para dormir. E eu, com a indisciplina típica da idade, usei por uns meses e depois a esqueci numa gaveta. O resultado? Anos depois, meus dentes inferiores começaram a entortar de novo. A lição foi dura e cara. Por isso, ao iniciar meu novo tratamento, minha maior preocupação era com a fase final: a contenção ortodôntica. Eu não cometeria o mesmo erro duas vezes.

Minha pesquisa sobre contenção ortodôntica em BH foi obsessiva. Eu queria entender todos os tipos, materiais e protocolos. Eu via a contenção não como um acessório, mas como a apólice de seguro do meu investimento. É ela que garante que o resultado conquistado com tanto tempo e dinheiro se mantenha para o resto da vida. Os dentes têm “memória” e uma tendência natural a voltar para a posição original. A contenção é o que os “reeduca”.

Fixa ou Móvel: A Análise das Opções

Descobri que existem, basicamente, dois tipos. A contenção ortodôntica fixa é geralmente um fio de aço fino colado na parte de trás dos dentes inferiores, de canino a canino. É invisível, confortável e, por ser fixa, garante que o trabalho seja feito 24 horas por dia. A contenção móvel, que parece um aparelho de clareamento, é geralmente usada para a arcada superior, e seu uso é mais intenso no início e depois passa a ser apenas para dormir.

Conversei longamente com meu ortodontista em BH sobre isso. Deixei claro meu “trauma” passado e minha determinação em não falhar nessa etapa. Ele me tranquilizou e desenhou um plano de contenção duplo para mim: uma contenção fixa na parte inferior e uma contenção móvel de alta qualidade para a parte superior.

Um Compromisso para a Vida Toda

O uso da contenção ortodôntica é um compromisso para a vida. É a fase mais longa do tratamento, e a mais dependente da disciplina do paciente. Mas hoje eu entendo seu valor. A cada noite que eu encaixo minha contenção móvel, com o som suave do plástico se ajustando aos dentes, eu não sinto como uma obrigação, mas como um ato de cuidado com a minha própria saúde e com o investimento que fiz. A experiência me ensinou que um tratamento ortodôntico não termina no dia em que se tira o aparelho. Ele termina quando o paciente entende que a estabilidade do resultado depende de um pequeno, mas eterno, ato de disciplina.